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Qual é a maior estrela do universo?

E por que é tão grande?

E onde são estrelas?

Coisas que gostariam de ser estrelas

Começamos nossa jornada com a Terra.

Não para aprender algo,

Apenas para termos uma vaga noção da escala.

As menores coisas que possuem algumas características de estrelas

são grandes gigantes de gás ou sub-anãs marrons.

Como Júpiter,

O planeta mais massivo do sistema solar.

11 vezes maior e 317 vezes mais massivo que a Terra,

e é constituído mais ou menos pelos mesmos elementos do sol.

Porém com muito, muito menos destes elementos.

A transição para estrelas começam com as anãs,

Estrelas falhas que são um grande desapontamento para suas mães.

Elas têm entre 13 a 90 vezes a massa de Júpiter.

Então, se pegarmos 90 Júpiters e jogá-los uns contra os outros,

apesar da diversão em assistir, não seria suficiente para criar uma estrela.

curiosamente, adicionando muita massa a uma anã marrom não a fará muito maior.

Apenas a tornará mais densa

Isso aumenta a pressão no núcleo suficientemente para fazer certas reações nucleares acontecer mais devagar,

e o objeto brilhar um pouco

Então, anãs marrons são um tipo de gigante gasoso brilhante

e isso não encaixa muito bem em nenhuma categoria

Mas nós queremos falar sobre estrelas, não quase-estrelas que queriam a ser e falharam, então continuemos.

Estrelas da sequência principal

Uma vez que bolas de gás passam um certo limite de massa,

seus núcleos se tornam quentes e sensíveis o suficiente para inflamar

Hidrogênio é fusionado em hélio em seus núcleos, liberando uma tremenda quantidade de energia.

Estrelas que o fazem são chamadas de estrelas da sequência principal.

Quão mais massiva uma estrela da sequência principal é, mais quente e brilhante ela queima, e mais curta é sua existência.

Assim que a fase de queima do hidrogênio acabe, a estrela cresce

cerca de centenas de milhares de vezes de seu tamanho original

Mas estas fases gigantes duram apenas uma pequena fração de sua existência.

Então compararemos estrelas em estágios drasticamente diferentes em suas existências.

Isso não as faz menos impressionantes,

mas talvez seja bom nos atentarmos que estaremos comparando bebês com adultos.

Agora, voltando ao começo.

As menores estrelas de fato são as anãs vermelhas, cerca de 100 vezes a massa de Júpiter

mal são massivas o suficiente para fusionar hidrogênio em hélio.

Como não são muito massivas, elas são pequenas, não muito quentes e brilham vagamente.

Elas são as únicas estrelas da sequência principal que não crescem quando morrem

de certa forma… esvaziam.

Anãs vermelhas são, de longe, o tipo mais abundante de estrelas no universo

Como queimam seu combustível vagarosamente, duram mais de 10 trilhões de anos,

mil vezes mais que a idade atual do universo.

Por exemplo, uma das estrelas mais próximas da Terra é uma anã vermelha, estrela de Barnard.

brilha tão vagamente que não pode ser vista sem telescópio

Fizemos um vídeo inteiro sobre anãs vermelhas se quiser aprender mais.

O próximo estágio são estrelas como nosso sol.

Dizer que o sol domina o sistema solar não seria injusto

uma vez que ele representa 99,6% de toda sua massa.

Ele queima muito mais quente e brilha muito mais que anãs vermelhas, o que reduz sua existência para cerca de 10 bilhões de anos.

O sol é 7 vezes mais massivo que a estrela de Barnard,

mas isso o faz aproximadamente 300 vezes mais brilhante, com o dobro de sua temperatura na superfície.

Vamos para as maiores.

Pequenas mudanças na massa produzem mudanças enormes no brilho de uma estrela de sequência principal.

A estrela mais brilhante no céu noturno, Sirius A, possui duas vezes a massa do sol, com raio 1,7 vezes o do sol.

Mas sua superfície é de aproximadamente 10.000 vezes a do sol, tornando seu brilho 25 vezes mais intenso.

Queimando a essa temperatura reduz em 4 vezes sua existência total, para 2,5 bilhões de anos.

Estrelas próximas de dez vezes a massa do sol possuem temperaturas próximas de 25.000°C na superfície.

Beta Centauri contém duas dessas estrelas massivas, cada uma brilhando aproximadamente 20.000 vezes mais que o sol

É um brilho imenso, vindo de algo apenas 13 vezes maior que o sol.

Mas elas queimarão apenas por cerca de 20 milhões de anos

Gerações inteiras dessas estrelas azuis morrerão no mesmo tempo no qual o sol orbita a galáxia.

Então é esta a fórmula?

Quão mais massiva, maior a estrela.

A estrela mais massiva que conhecemos é a R136a1.

Ela tem a massa de 315 sóis, e é aproximadamente 9 milhões de vezes mais brilhantes que o sol.

E apesar de sua massa tremenda e brilho, ela possui pouco mais de 30 vezes o tamanho do sol.

A estrela é tão extrema e tão pouco mantida inteira pela gravidade, que perde

321 trilhões de toneladas de material através de seu vento solar.

A cada segundo.

Estrelas desse tipo são extremamente raras porque quebram um pouco as regras para a formação de uma estrela.

Quando estrelas supermassivas nascem, elas queimam a temperaturas altíssimas e são tão brilhosas,

que isso explode qualquer gás extra que poderia fazê-la mais massiva.

Assim, a massa limite para estas estrelas é cerca de 150 vezes a do sol.

Estrelas como a R136a1 provavelmente são formadas através da união de várias estrelas de grande massa

em regiões de formação de estrelas densas, e queimam seu núcleo de hidrogênio em apenas poucos milhões de ano.

Isso significa que são raras e de existência curta.

A partir daqui, o truque para aumentar não é adicionar mais massa,

para fazer as maiores estrelas, precisamos matá-las.

Gigantes vermelhas

Quando estrelas da sequência principal começam a exaurir o hidrogênio em seu núcleo

elas contraem, fazendo-as mais quentes e densas.

Isso leva a uma fusão mais quente e mais rápida, que empurra de volta contra a gravidade,

e faz a camada externa inchar, em uma faze gigante

Essas estrelas se tornam verdadeiramente gigantes, de fato.

Por exemplo Gacrux, apenas 30% mais massiva que o sol,

ela inchou até cerca de 84 vezes seu raio.

Ainda, quando o sol entrar no último estágio de sua existência, ele inchará e se tornará ainda maior.

200 vezes seu raio atual.

Nessa fase final de sua existência, ele engolirá os planetas mais próximos

Se você acha isso impressionante, vamos introduzir finalmente as maiores estrelas do universo:

Híper gigantes

Híper gigantes são a fase gigante das estrelas mais massivas do universo.

Elas possuem uma superfície gigantesca que pode irradiar uma quantidade insana de luz.

Sendo tão grande, elas estão basicamente se explodindo em partes, uma vez que a gravidade na superfície é tão fraca

para segurar a massa quente arremessada em poderosos ventos solares.

Estrela Pistola possui 25 vezes a massa do sol, mas 300 vezes seu raio,

uma hiper gigante azul, adequadamente nomeada por sua luz estrelar azul energética.

É difícil dizer exatamente quanto tempo a estrela pistola existirá; provavelmente apenas poucos milhões de anos.

Ainda maiores que as híper gigantes azuis, são as híper gigantes amarelas.

A mais estudada é Rho Cassiopeiae, uma estrela tão brilhante

que pode ser vista a olho nu - embora esteja a milhares de anos luz da Terra.

Com 40 vezes a massa do sol, esta estrela possui cerca de 500 vezes o raio do sol e é 500.000 vezes mais brilhante.

Se a Terra estivesse tão próxima a Rho Cassiopeiae como está do sol,

ela estaria dentro dela, e estaria bem morta.

Híper gigantes amarelas são muito raras.

Apenas 15 são conhecidas.

Isso significa que provavelmente são apenas um estado intermediário de curta duração,

conforme uma estrela cresce ou encolhe entre outras fases de híper-gigantismo.

Com as Híper gigantes vermelhas. nós alcançamos as maiores estrelas que conhecemos,

provavelmente as maiores estrelas possíveis.

Então, quem é o ganhador nesse concurso insano?

A verdade é que não sabemos.

Híper gigantes vermelhas são extremamente brilhantes e longínquas, o que significa que até mesmo pequenas incertezas em nossas medições

resultarão numa imensa margem de erro em seu tamanho.

Para piorar, híper gigantes vermelhas são monstrengos do tamanho do sistema solar que estão se explodindo em pedaços,

O que as torna mais difícil de mensurar.

Conforme produzimos mais ciência e nossos instrumentos melhorar, qualquer que seja a maior estrela, irá mudar.

A estrela que atualmente se pensa ser a maior que já encontramos é a Stevenson 2-18.

Ela provavelmente nasceu como uma estrela de sequência principal algumas dezenas de vezes a massa do sol

E provavelmente já perdeu cerca de metade de sua massa até agora

Enquanto típicas híper gigantes vermelhas possuem 1500 vezes o tamanho do sol,

a maior estimativa aproximada coloca Stevenson 2-18 com 2.150 vezes o raio solar.

e brilha, no mínimo, meio milhão de vezes mais forte que o sol.

Em comparação, o sol parece um grão de poeira.

Nossos cérebros realmente não possuem uma forma de compreender esse tipo de escala.

Mesmo na velocidade da luz, seriam necessárias 8,7 horas para atravessar sua circunferência.

O avião mais rápido da Terra levaria cerca de 500 anos.

Substituindo o sol, ele preencheria a órbita de Saturno.

À medida que evolui, ela provavelmente perderá ainda mais massa e encolherá para outra fase híper gigante ainda mais quente.

Acumulando elementos pesados em seu núcleo, antes de finalmente explodir em uma supernova de colapso do núcleo

distribuindo seu gás de volta para a galáxia

Este gás irá então seguir para formar outra geração de estrelas de todos os tamanhos,

começando novamente o ciclo de nascimento e morte, iluminando nosso universo

Vamos fazer esta jornada novamente, mas dessa vez, sem a conversação.

O universo é grande.

Há muitas coisas grandes nele.

Se você quiser brincar um pouco mais com a questão do tamanho, nós temos uma boa notícia.

Nós criamos nosso primeiro app: Universe in a Nutsehll, juntamente com o team Urban, o cérebro por trás do Wait But Why.

Você pode viajar facilmente entre as menores coisas que existem,

passar pelo coronavirus,

células humanas, dinossauros,

até a maior estrela e galáxias,

e se maravilhar com todo o universo observável.

Você pode aprender mais sobre cada objeto, ou apenas apreciar a escala absoluta de tudo.

O app é inspirado no site “a escala do universo”, criado pelos gêmeos Huang, com o qual gastamos muito tempo quando foi lançado anos atrás,

e sentimos que finalmente era o momento de criar uma versão Kurzgesagt do Wait But Why.

Você pode baixá-lo em sua app store, é completamente gratuito e sem propagandas.

Todas as atualizações futuras estão incluídas.

E uma vez que este é o nosso primeiro app, nós adoraríamos o teu feedback para que possamos evoluir com o tempo.

Se isso soa bem para você, baixe o aplicativo “Universe in a Nutshell” agora e deixe-nos uma avaliação de 5 estrelas se quiser apoiá-lo.

Kurzgesagt e todos projetos que fazemos são majoritariamente pagos por espectadores, como você.

Se você gostar do app, nós faremos mais coisas digitais no futuro.

Obrigado por assistir

[Música tema]