O Sistema Imunitário Explicado I - Infecção Bacteriana. | Kurzgesagt

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Vídeo

Transcrição

A cada segundo da tua vida, tu estás sob ataque.

Milhares de milhões de bacterias, virus e fungos tentam fazer de ti no seu novo lar.

Pelo que os nossos corpos desenvolveram um pequeno e complexo exército com guardas, soldados, serviços secretos, fábricas de armas e comunicadores.

Para te proteger de… Bem, de morrer.

Neste vídeo, vamos supor que o sistema imunitário tem 12 tarefas diferentes, por exemplo, matar inimigos, comunicar, etc.

E tem 21 células e 2 proteínas distintas.

Estas células têm 4 tarefas diferentes.

Vamos especificá-las, aqui estão as suas interacções.

Agora tornemos isto compreensível.

Primeiro, adicionemos cores às tarefas.

Agora ilustremos as células.

A cor central da célula representa a sua tarefa principal.

Enquanto as que rodeiam representam tarefas secundárias.

Agora o sistema imunitário assemelha-se a isto…

Agora as interacções.

Não é esta complexidade simplesmente impressionante?

Neste vídeo só iremos falar destas células e vamos ignorar o resto.

Então, o que acontece no caso de uma infecção?

Está um dia lindo, quando de repente, um prego enferrujado selvagem aparece e tu cortas-te.

A primeira barreira do teu sistema imunitário é quebrada: a tua pele.

Bactérias à tua volta aproveitam a oportunidade e entram pela ferida.

Elas começam a utilizar os recursos do teu organismo e duplicam os seus números sensivelmente a cada 20 minutos.

No início, elas passam despercebidas, mas quando as bactérias atingem um determinado número

elas mudam o seu comportamento e começam a danificar o corpo ao mudar o ambiente à sua volta.

O sistema imunitário tem de as parar o mais rapidamente possível.

Primeiro, as tuas células de defesa, conhecidas como macrófagos, intervêm.

Elas são células enormes que protegem todas as zonas fronteiriças do corpo.

Na maior parte das vezes, elas sozinhas conseguem sufocar um ataque.

porque cada uma delas consegue devorar até 100 intrusos.

Elas engolem o intruso inteiro e prendem-lo dentro de uma membrana.

Depois o inimigo é decomposto por enzimas e é morto.

Além disso, elas também causam inflamação ao ordenarem aos vasos sanguíneos que encham o campo de batalha cheio de água,

para tornar a luta mais fácil.

Tu observas isto como um ligeiro inchaço.

Quando os macrófagos lutam por demasiado tempo,

Eles mandam vir o apoio pesado ao mandar proteínas mensageiras que relatam o local e a urgência.

Os neutrófilos abandonam as suas patrulhas habituais no sangue e seguem para o campo de batalha.

Os neutrófilos lutam tão ferozmente que no processo também matam células saudáveis.

E para além disso, eles também criam barreiras que apanham e matam as bactérias.

Eles são de facto, tão letais que eles evoluíram de forma a se suicidarem depois de 5 dias para evitar que eles causem demasiados danos.

Se isto não for suficiente para parar a invasão, o cérebro do sistema imunitário entra em acção.

A célula dendrítica activa-se, e reage aos sinais dos soldados, começando a recolher amostras dos inimigos.

Eles rasgam as amostras em bocadinhos e põem os bocadinhos na sua camada exterior da célula dendrítica.

Agora a célula dendrítica tem por diante uma decisão crucial.

Chamará por forças anti-virais que erradicam células infectadas…

ou um exército de exterminadores de bactérias?

Neste caso, as forças anti-bactéria são necessárias.

Depois viaja até ao nódulo linfático mais próximo, demorando cerca de um dia.

Aqui, milhares de milhões de células T auxiliares e citotóxicas esperam até que sejam activadas.

Quando as células T nascem, elas seguem um complicado e difícil processo de treino.

e só um quarto delas sobrevive.

As células sobreviventes estão equipadas com uma configuração específica.

E a célula dendrítica encontra-se à procura de uma célula T auxiliar com a configuração exacta que precisa.

Está à procura de uma célula T auxiliar que combine as partes dos intrusos que a célula dendrítica tem presente na sua membrana.

Quando finalmente encontra uma, começa a reacção em cadeia.

Essa célula T auxiliar é activada, e rapidamente duplica milhares de vezes.

Algumas tornam-se células T de memória que ficam no nódulo linfático e tornar-te-ão praticamente imune contra este inimigo,

algumas viajam até ao campo de batalha para ajudar.

E o terceiro grupo viaja até ao centro do nódulo linfático

para activar uma fábrica de armas muito poderosa.

Tal como as células T, estas armas nascem com uma configuração específica.

E quando a célula B e a célula T com a mesma configuração se juntam, tudo acontece rápido.

A célula B duplica rapidamente e começa a criar milhões de pequenas armas.

Elas trabalham tanto que morrem literalmente de exaustão muito rapidamente.

E aqui as células T têm outra tarefa importante, elas estimulam as atarefadas fábricas ao dizerem:

“ainda não morras, nós ainda precisamos de ti, continua!”

Isto também assegura que as fábricas morrem se a infecção acabar para que o organismo não desperdice energia ou se danifique.

Mas o que é produzido pelas células B?

Tu já ouviste falar delas, é claro. Anticorpos,

pequenas proteínas que foram construídas de forma a aderirem à superfície de um intruso específico.

Eles são até diferentes tipos de anticorpos, com tarefas um pouco diferentes.

As células T auxiliares dizem às células de plasma qual o tipo mais necessário para esta invasão específica.

Milhões deles inundam o sangue e saturam o organismo.

Entretanto, no local da infecção, a situação é desesperada.

Os intrusos multiplicaram-se em número e começaram já a danificar o organismo.

Células de defesa e de ataque lutam ferozmente mas também vão morrendo.

As células T auxiliares apoiam-nas ao ordená-las a serem mais agressivas e ficarem vivas mais tempo.

Mas sem ajuda elas não conseguem dominar as bactérias.

Mas agora chega a segunda linha de defesa.

Milhares de milhões de anticorpos inundam o campo de batalha e incapacitam montes de intrusos,

tornando-os indefesos ou matando-os.

Eles também atordoam as bactérias e fazem delas um alvo fácil.

As suas extremidades estão construídas de forma a ligar as células de ataque, para que possam ligar-se e matar o inimigo mais fácilmente,

os macrófagos são especialmente bons a engolirem as bactérias às quais os anticorpos estejam ligados.

Agora os papeis invertem-se, e num esforço de equipa, a infecção é aniquilada.

Por esta altura, já milhões de células do organismo morreram, mas não faz mal, as perdas são rapidamente substituídas.

A maior parte das células imunitárias são agora inúteis e sem os sinais constantes elas cometem suicídio, para não desperdiçar recursos.

Mas algumas ficam vivas: as células de memória.

E se alguma vez mais no futuro este inimigo for encontrado, elas estarão preparadas e o matam antes se quer de tu dares conta.

Isto é uma explicação extremamente simplificada de partes do sistema imunitário em funcionamento.

Consegues imaginar quão complexo este sistema é, mesmo a este nível, quando ignoramos tantos actores e toda a química.

A vida é profundamente complicada, mas se nós reservarmos algum tempo a compreender-la, encontraremos maravilhas sem fim, e uma beleza inigualável.